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Em julho de 2005, 300 atletas ol�mpicos e paral�mpicos brasileiros que viviam longe dos holofotes de patrocinadores, recebiam pela primeira vez um cart�o magn�tico do Minist�rio dos Esportes para sacar um aux�lio mensal do Governo, pelo per�odo de 12 meses.

A Bolsa Atleta , que variava de 300 reais a 2.

500, tinha como objetivo incentivar potenciais campe�es a se dedicarem s� aos treinos e se aproximarem do p�dio de competi��es nacionais e internacionais.

Dez anos e meio se passaram, novas categorias de bolsas foram criadas, com valores que podem chegar a 15.

000 para medalhistas, mas os frutos dessa iniciativa ainda n�o foram colhidos, na vis�o de Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educa��o F�sica (Confef) e da Academia Ol�mpica Brasileira (AOB).

Evento-teste no RJ com sele��es de rugby$5 minimum deposit online casinocadeira de rodas.

Tomaz Silva (Ag�ncia Brasil)

Para Steinhilber, os investimentos que o pa�s vem desembolsando para se tornar destaque$5 minimum deposit online casinocompeti��es mundiais n�o foram acompanhados de uma pol�tica nacional de incentivo ao esporte, o que inutiliza muitos dos milh�es gastos na constru��o de parques poliesportivos desde que o pa�s passou a sediar jogos mundiais, como o Pan-americano,$5 minimum deposit online casino2007.

"E da� se o Brasil chegar aos top 10 no quadro de medalhas ol�mpicas este ano? O que isso significa ou o que deixa de legado para o pa�s? Virar pot�ncia ol�mpica n�o significa virar pot�ncia esportiva", afirma.

O especialista cita o ginasta Arthur Zanetti, campe�o ol�mpico nos Jogos de Londres, como um exemplo de que � preciso fazer mais do que conceder aux�lio financeiro aos atletas brasileiros para que o pa�s evolua nos esportes$5 minimum deposit online casinoescala global.

"Zanetti, que ganha uma bolsa do Governo para se dedicar � carreira, treina$5 minimum deposit online casinoum galp�o$5 minimum deposit online casinoS�o Caetano, sem a menor infraestrutura.

� inacredit�vel como nem ele pode dispor de um centro esportivo decente para treinamento".

Mas n�o � apenas no topo da pir�mide esportiva que o problema reside.

� principalmente nos est�gios iniciais de vida que muitos potenciais atletas nunca chegam a se desenvolver no esporte.

"Em 40% das escolas n�o existe nem quadra para as crian�as praticarem modalidades esportivas e serem descobertas por seus talentos.

Tamb�m faltam professores de educa��o f�sica.

Hoje, s�o pedagogos que ocupam esses espa�os vagos, e as horas destinadas � disciplina, que � obrigat�ria, acabam virando atividades meramente recreativas".

A forma como o programa Bolsa Atleta foi concebido tamb�m justifica,$5 minimum deposit online casinopartes, o insucesso da empreitada brasileira de angariar posi��es de destaque nas competi��es mundiais.

"O foco do programa tem sido apenas o de aumentar o n�mero de medalhas para subirmos no ranking ol�mpico.

Para isso, s�o priorizadas modalidades de esporte individual.

E o Brasil � um pa�s cuja tradi��o est� no esporte coletivo", analisa.

Ainda assim, o especialista n�o descarta a import�ncia do aux�lio financeiro para os atletas, que muitas vezes � a �nica fonte de renda desses profissionais.

"A bolsa d� oportunidades para o atleta se projetar no esporte, mas � uma medida meramente paliativa", complementa.

Ainda que desanimadora, principalmente para um pa�s que tem como meta chegar ao 10� lugar no ranking de medalhas nas Olimp�adas de 2016, a an�lise de Steinhilber tem respaldo$5 minimum deposit online casinodados hist�ricos.

Antes do Bolsa Atleta, nas Olimp�adas de Atenas,$5 minimum deposit online casino2004, o Brasil ocupava o 16� lugar no ranking de medalhas, com 10 no total, das quais 5 eram de ouro.

Nos primeiros jogos que j� contavam com o aux�lio,$5 minimum deposit online casinoPequim (2008), o pa�s caiu para a 23� coloca��o, ainda que tivesse mais medalhas, pois somente 3 eram de ouro.

J�$5 minimum deposit online casinoLondres, quatro anos depois, o pa�s subiu apenas um degrau, passando para o 22� lugar, repetindo o n�mero de medalhas de ouro.

Steinhilber: Brasil precisa de um plano nacional para os esportes CBF

Neste ano, foram contemplados com o Bolsa Atleta 358 dos 465 esportistas que disputam as Olimp�adas do Rio de Janeiro, o que representa 77% do total.

Os investimentos, contudo, n�o se limitam a atletas ol�mpicos e paral�mpicos.

O programa, cujo edital foi divulgado com um m�s e meio de atraso no Di�rio Oficial, beneficia 6.

152 atletas de todo pa�s, incluindo modalidades n�o-ol�mpicas, e custar� 80 milh�es de reais aos cofres p�blicos nos pr�ximos doze meses.

De acordo com um balan�o divulgado pelo Minist�rio dos Esportes$5 minimum deposit online casinojulho, o Bolsa Atleta, durante seus dez anos de atua��o, j� concedeu 43.

000 benef�cios, no valor de 600 milh�es de reais para 17.000 atletas.

Al�m do Bolsa Atleta,$5 minimum deposit online casino2013 o Governo lan�ou o Bolsa P�dio, destinado a competidores medalhistas.

Nessa categoria, que faz parte do Plano Brasil Medalhas, e conta com patroc�nio de estatais, foram investidos 287,3 milh�es de reais$5 minimum deposit online casino399 atletas, a maioria pertencente a modalidades individuais.

Ap�s publica��o desta mat�ria, o Minist�rio do Esporte alegou que o Bolsa Atleta "n�o faz nenhuma distin��o entre modalidades individuais e coletivas para a concess�o do patroc�nio".

Segundo o �rg�o, "a iniciativa tem como diretriz apoiar, independentemente da condi��o econ�mica e da modalidade esportiva, atletas que apresentem bons resultados$5 minimum deposit online casinocompeti��es nacionais e internacionais no ano anterior ao pleito".

Em 2016, 31% dos atletas pertenciam a modalidades coletivas.

O minist�rio fez uma conta diferente para justificar que houve avan�os ap�s a implementa��o do programa.

"Na compara��o entre os dois ciclos ol�mpicos (2009-2012 e 2013-2016), houve aumento na conquista de medalhas$5 minimum deposit online casinocampeonatos mundiais e equivalentes (copas do mundo)".

Segundo a assessoria de imprensa, desde a elei��o do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Rio 2016, o governo federal investiu mais de R$ 3 bilh�es$5 minimum deposit online casinocentros de treinamento para diversas modalidades.

Entre elas, est� o Centro de Excel�ncia Esportiva de Gin�stica Art�stica e R�tmica, ainda$5 minimum deposit online casinoconstru��o,$5 minimum deposit online casinoS�o Caetano do Sul.

"O atleta Arthur Zanetti manteve os treinamentos no gin�sio do Serc, na cidade natal, por op��o pr�pria.

No entanto, � importante esclarecer que todos equipamentos utilizados por ele s�o de ponta".